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segunda-feira, 5 de maio de 2014

Como seria a Steam se ela fosse da EA?



Na coluna anterior, debati sobre a tentativa da Steam em emplacar uma nova revolução no mercado de jogos. Hoje ela é pauta novamente do Bloge. Dessa vez iremos discutir como seria a plataforma caso ela fosse da Electronic Arts (EA) e traçar um paralelo entre o que é a Steam e o que é a Origin, a plataforma da gigante estadunidense.

Nós sabemos que a Valve dá um banho na EA quando o assunto é plataforma de venda de jogos via download digital. Muitos até sonham com a possibilidade da Steam incorporar a Origin, mas nós sabemos pelo aporte e tamanho da EA, seria mais fácil o contrário ocorrer e ainda levar a Valve de brinde na negociação. Levando em conta essa possibilidade, iremos discutir o que seria da nossa querida Steam se ela fosse como a Origin.




Primeiramente, as promoções iriam minguar. A Valve tem a política de realizar promoções semanalmente e tentar estimular a compra de diversos jogos menores de seu vasto portfolio. Como na Origin temos apenas os jogos da EA e a empresa é gananciosa, raramente vemos uma promoção e quando ocorrem são com descontos ridículos perto dos praticados pela rival, enquanto é comum vermos desconto de até 80% em promoções da Steam, é raro vermos jogos vendidos a 30% de desconto na Origin.

Segundo, os preços praticados para lançamentos e jogos seria aumentado absurdamente. A Steam fica refém das grandes desenvolvedoras quando se trata de grandes blockbusters, mas compensa essa ganância com suas grandes promoções. E provavelmente, a porcentagem da Steam é bem irrelevante no preço final de um lançamento AAA. Um exemplo é Wolfenstein - The New Order está por 120 reais. Nesse preço, talvez 20 a 30 reais sejam repassados para a Steam e o resto ficando com sua produtora e a fins. Na Origin, os jogos são da EA, então, como não há intermediário, o dinheiro é todo deles. Porém, na realidade imaginada aqui, a EA provavelmente iria querer abocanhar uma fatia maior em sua porcentagem como intermediário, levando o preço do jogo talvez a beirar 150 reais.

Por fim, após algum tempo em mãos da EA, a Steam provavelmente veria uma grande massa, fortalecendo a UPlay ou levando até a criação de uma nova plataforma de download digital. No Brasil, esse cenário poderia servir para um crescimento exponencial da Nuuvem ou até o fortalecimentos de plataformas indies como a Desura ou o rejuvenescimento de práticas como a GOG, que vende jogos livres de DRM.

Teoricamente, a EA, com o pensamento atual, afundaria a Steam e transformaria a Steam na sua Origin atual. Mas pelo visto, a empresa está começando a levar em conta um pouco mais em consideração os seus consumidores, quem sabe no longo prazo não veremos uma nova Electronic Artes surgir no mundo.


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